sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

I Encontro de Karaté


O Grupo de Karaté de Mêda vai completar 10 anos. Este sábado, pelas 9:30 irá decorrer na Casa da Cultura, o I Encontro de Karaté do Concelho de Mêda. Uma ideia a continuar. Quem poder apareça.
Ficam os Parabéns para este grupo da terra. Votos de um bom encontro.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Cá se vai andando...

Depois de:

Orçamento de Estado, Dívida Pública, Déficit, Orçamento da Região da Madeira, Escutas, Mais Orçamento de Estado, PIDDAC para o interior ( ou a falta dele aliás), outra vez as Escutas, SCUTS, Investimento Público, Desinvestimento Privado,Manuela Moura Guedes, TVI, Face Oculta, Apito Final, Noite Branca, Justiça, Injustiças, As manhãs do Goucha, os 10% do desemprego de que se fala, As tardes da Júlia, o outro desemprego que não se sabe nem se fala, BPN, BPP... enfim.... depois de tanta "portugalidade", dei por mim a acordar, no outro dia, a assobiar isto...

http://www.youtube.com/watch?v=xxWIMsoKOjU

Imagine o estimado leitor, se o Benfica andasse a jogar mal.... Soponha só...

ERA O FIM DO MUNDO!!!!!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Santo Amaro

Vem aí mais uma edição do passeio TT realizado pelos amigos do Santo Amaro. Um evento que, apesar de ganhar cada vez mais dimensão de ano para ano, não perde aquele toque fraterno e amigo que sempre lhe foi tão próprio.

Um abraço para os corajosos que abraçam esta empreitada ano após ano.

Que tudo corra bem. Boas acelaradelas... com juizo.

fica o link:


http://amigosdosantoamaro.blogspot.com/

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Dar a conhecer.

Como é do conhecimento de alguns, há relativamente pouco tempo, enveredei numa experiencia, ao nível da industria de restauração, na Meda. Tal, caso não me tenha trazido grande mais valia, trouxe, no mínimo, a clarividência quanto ao actual estado do comércio medense.
Ao referir, no meu último post, que tem de ser o mercado a criar o comércio, fi-lo por saber que a Meda, neste momento, não tem mercado, salvo muito raras excepções, para tornar sustentável um negócio exclusivamente virado para o turismo. E é muito difícil para um comerciante, combater sozinho este desígnio. Mais triste é, ser do conhecimento geral que, o futuro da nossa terra tem de passar inevitavelmente pelo turismo, mas fica-se à espera que algo aconteça. Hoje, queria focar o tema deste post na importância que o Marketing assume em todo este processo.

Acho que, como diz o amigo Luís Filipe, no seu comentário ao meu ultimo post, é urgente a criação de uma linha de eventos, de motivos, para criar a justificação que faça com que as pessoas se desloquem até nós. Acompanhada, como é óbvio, por uma política de marketing agressiva, dinâmica e ousada. Tal passaria, obrigatoriamente, pelo município, uma vez que, à imagem dos municípios de pequena dimensão do nosso país, a Câmara Municipal, tem de desempenhar um papel de convergência e interdisciplinaridade, principalmente na tomada de políticas de marketing que levassem o nome da nossa terra, da nossa gente, dos nossos produtos mais além. Faltam agentes neste processo. Como diz a amiga Joana Seabra no seu comentário: “ … agentes capazes e suficientemente bem informados… “ Nós temos esses agentes, diria… Acho que o que nos falta mais é… visão. É preciso cultivar uma mentalidade aberta à nova realidade do sistema económico em que vivemos. Principalmente, no que toca aos comerciantes e empresários. Porque, o comboio, muita das vezes, só se perde uma vez, pois não torna a passar.

A título de exemplo: A Aldeia Histórica de Marialva teve, durante o ano de 2008, cerca de 20.000 visitantes registados… Por experiencia própria, posso dizer-lhes que, cerca de 80% desse número, não sabia que Marialva pertence ao Concelho de Meda.

Acho que, antes de tudo, temos que nos dar a conhecer.

O abraço.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Homo-economicus

Ainda no rescaldo da votação que aqui coloquei, acerca dos sectores económicos de maior importância para o concelho, muito há que dizer.
De facto, existe o reconhecimento geral, que o futuro terá de passar, indubitavelmente, por uma aposta no turismo. Por outro lado, é sobejamente reconhecido o potencial agrícola da nossa região. No entanto, e tendo em conta o cenário deste campo a nível nacional, somos obrigados a apontar as «“suspeitas” do costume».

Sem sombra de dúvida que a construção civil ocupou, e continua a ocupar, um lugar determinante na economia do nosso concelho. Aliás, cada uma das vezes que se dão ressentimentos no mercado da construção, dão-se, da mesma forma, abrandamentos económicos no sistema Microeconómico concelhio. Nunca ninguém poderá esquecer que, este, é o sector mais importante do nosso concelho actualmente. Não só ao nível da produção, mas também e principalmente, do ponto de vista do emprego, logo, um sector que, independentemente de apostas futuras, nunca deverá ser posto de lado a curto-médio, prazo.

A Agricultura, apesar de esporádicos investimentos, com notório sucesso, na produção de azeite e vinho, - esta ultima com um maior nível de intensidade por razões obvias - continua amarrada ao sistema cooperativista de micro-produção familiar, devido a vários factores globalmente conhecidos e que, para evitar delongas, adiarei a sua discussão.

O sector do comercio e serviços, está obviamente dependente de todos os outros sectores, uma vez que, vive mais do aumento do poder de compra e de capital, do que do investimento em si.

Depois vem a eterna jóia da coroa. O TURISMO. O eterno “filho bastardo” da terra, de forte e reconhecido potencial, e de, também forte, propensão para o adiamento do risco na tomada assumida dessa aposta. Não é só na Meda. É o retrato do País. Os casos em que o Turismo assume um papel economicamente reconhecido, são o Algarve e a Madeira. Por razões obvias. O Algarve vende o sol e a praia. A Madeira vende o Património Natural. Não necessitaram de aproveitamento “ex-novo”. Tinham um recurso gerado, que, paulatinamente ao longo do tempo, foi sendo reconhecido pelo mercado.

Nós não temos essa hipótese. Antes de falarmos em turismo, temos de gerar razões para a sua prática. Sim porque, na minha opinião, o Concelho de Meda, teve, até hoje, muito poucos turistas. Tem é bastantes visitantes. Compete-nos combater essa diferença. Como? Desde logo, apostando no mote. No motivo que faz com que as pessoas se desloquem até aqui, gostem de cá estar e fiquem com razões para voltar e trazer mais alguém. E aí, a meu ver, reside o problema. Temos Património Histórico mas indubitavelmente subaproveitado. Temos Património Cultural que, alarmantemente caminha a paços largos para a extinção devido ao seu esquecimento laxista. O mercado dos produtos tradicionais, sofre do mesmo problema do comércio em si. Não é o comércio que cria o mercado. Tem de haver mercado, para o comércio se criar.

Posto isto, e tendo em conta a abrangência destes temas, autopropus-me criar aqui as mini-jornadas para discussão do futuro económico do nosso Concelho. Conto com a participação de todos.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Luz (por uma frincha) ao fundo do túnel.

A atribuição de bolsas de vencimento, aos médicos que pretendam exercer a sua actividade no interior é, de facto, uma pedrada (pequenina mas mesmo assim…) no charco, do marasmo de políticas de combate efectivo à desertificação. Acho que, poderá vir a ter um impacto positivo, na sociedade do interior português.

De facto, a urgência na tomada de medidas de descriminação positiva deste género, é notória. Faço votos para que este, seja o início de um ciclo de despertar para a realidade de combate a desertificação, que não deve ser encarada como um problema do interior, mas sim de todo o país.

A começar pelas Pequenas e Médias Empresas. Principal motor da economia do interior, e do país. Numa altura de desemprego crescente, o governo terá, por obrigação, que possuir a consciência que as PME’s são responsáveis em Portugal por cerca de 2.500.000 de postos de trabalho. Cerca de 60% da população activa portuguesa portanto.

E não é com linhas de crédito, que nada mais são que meios de propaganda governamental. Fica sempre bem criarem-se linhas de crédito, para incentivo ao investimento. Mas se atendermos ao facto que 80%, das Pequenas e Médias Empresas, não têm qualquer capacidade de endividamento, não servirá de nada.

O alarme surge com as crescentes tentativas de aumento à carga fiscal. É já um dado adquirido que o IVA não se manterá nos 20% durante muito mais tempo. Existe já a intenção de aumentar a Taxa Social Única dos Trabalhadores Independentes. Alteração à política de devolução do IVA às empresas, também parece não estar à vista.

Aplicando tudo isto à realidade do nosso concelho o cenário escurece. O nosso sistema económico concelhio, é composto por PME’s bem como Trabalhadores Independentes. Digamos que, a título de exemplo, se para um trabalhador independente, ter de pagar 200 € de segurança social por mês é um calvário, quando se perspectiva que esse valor venha a subir…

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Mais Um Alerta

Mais um alerta. O mais recente relatório do Fundo Monetário Internacional, lança um pouco mais de gasolina na fogueira. Por entre deficits, divida externa e receitas extraordinárias, mais um retrato de um Portugal tecnicamente falido.

Poderão os mais atentos alegar, e com alguma razão, que o FMI, sendo preenchido quase na sua totalidade, por ideais Neoliberais, tipicamente Estado-unidenses, tem sempre uma propensão para tentar afastar os países membros, de políticas de cariz social, logo, profundamente onerosas para o erário publico. Mas o caso português é deveras alarmante. Enquanto toda a gente se preocupa com deficits orçamentais, a minha real preocupação é só uma: A DÍVIDA PÚBLICA!
O já famoso Pacto de Estabilidade da zona Euro, impõe aos estados participantes, além do limite de 3% de deficit, que a Dívida Pública não ultrapasse os 60% do PIB. Ora, prevê-se que, já em 2011, a Dívida Pública do Estado Português chegue aos 90%. Em 2013 ultrapassará os 100%. Para terem uma ideia, muito basicamente, a dívida pública consiste em todas as contracções de empréstimos obrigacionistas feitos pelo estado, seja em empréstimos bancários, obrigações do tesouro, certificados de aforro etc. Também para terem uma ideia, o PIB português situa-se na ordem dos 200.000.000.000 € (Duzentos Mil Milhões de Eurinhos). Trocado por miúdos, prevê-se que, em 2013, toda a riqueza produzida em Portugal, seja inferior ao que o Estado deve.

Perguntar-me-ão: E daí?
Bem. Desde logo, corremos o risco de, nas próximas eleições legislativas, não estarmos a eleger um Primeiro-Ministro, mas sim um Administrador de Insolvência ou algo parecido.
Depois, e bastante preocupante, é o facto de este tipo de dívida que o Estado contrai, servir para fazer face a despesa corrente a maior parte das vezes, e não a despesa de investimento.
Por ultimo, e esta vem nos manuais, qualquer aumento drástico da despesa de um Estado, implica um aumento da sua receita. E 90% da receita do Orçamento de Estado Português provém de uma só fonte: IMPOSTOS!!! Sim… Mais impostos…

Por ultimo, e isto já se tem vindo a reflectir, tendo em conta que a máquina do estado é bastante despesista, nada melhor que passar umas quantas batatas quentes para o “fiel jardineiro”: As Autarquias. Dá-se cada vez mais competências às câmaras e uma lei de financiamento quase ditatorial, em contrapartida, elas que tratem de engendrar meios de financiamento.

O último caso, em que o FMI teve de intervir directamente, foi o Brasil. Mas esse, mesmo que esteja à beira do abismo, não há que preocupar pois, sendo tão grande, não cabe lá. Nós Lusos, sempre tivemos a “vantagem” de nos arrumarmos em qualquer canto. O buraco não precisa de ser muito grande…
O Abraço.