terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Luz (por uma frincha) ao fundo do túnel.

A atribuição de bolsas de vencimento, aos médicos que pretendam exercer a sua actividade no interior é, de facto, uma pedrada (pequenina mas mesmo assim…) no charco, do marasmo de políticas de combate efectivo à desertificação. Acho que, poderá vir a ter um impacto positivo, na sociedade do interior português.

De facto, a urgência na tomada de medidas de descriminação positiva deste género, é notória. Faço votos para que este, seja o início de um ciclo de despertar para a realidade de combate a desertificação, que não deve ser encarada como um problema do interior, mas sim de todo o país.

A começar pelas Pequenas e Médias Empresas. Principal motor da economia do interior, e do país. Numa altura de desemprego crescente, o governo terá, por obrigação, que possuir a consciência que as PME’s são responsáveis em Portugal por cerca de 2.500.000 de postos de trabalho. Cerca de 60% da população activa portuguesa portanto.

E não é com linhas de crédito, que nada mais são que meios de propaganda governamental. Fica sempre bem criarem-se linhas de crédito, para incentivo ao investimento. Mas se atendermos ao facto que 80%, das Pequenas e Médias Empresas, não têm qualquer capacidade de endividamento, não servirá de nada.

O alarme surge com as crescentes tentativas de aumento à carga fiscal. É já um dado adquirido que o IVA não se manterá nos 20% durante muito mais tempo. Existe já a intenção de aumentar a Taxa Social Única dos Trabalhadores Independentes. Alteração à política de devolução do IVA às empresas, também parece não estar à vista.

Aplicando tudo isto à realidade do nosso concelho o cenário escurece. O nosso sistema económico concelhio, é composto por PME’s bem como Trabalhadores Independentes. Digamos que, a título de exemplo, se para um trabalhador independente, ter de pagar 200 € de segurança social por mês é um calvário, quando se perspectiva que esse valor venha a subir…

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