Chegou ao fim a votação que aqui coloquei, sobre a hipotética criação do novo pólo da zona industrial. De facto, revela uma tendência clara para a colocação deste tipo de infra-estruturas, junto a eixos viários principais, por razões obvias. O posicionamento geográfico de uma empresa, é condição primordial para o seu sucesso... ou não.
Neste contexto, a minha opinião divide-se. Creio que a criação da antiga Zona Industrial (no bairro do prazo) era de facto necessária. Urgia a existência na Mêda, de um espaço que criasse condições de trabalho, de produção, meio ambiente, ordenamento de território etc... O problema, a meu ver, foi a política de distribuição dos lotes e os custos dos mesmos. Como é do conhecimento comum, passados vinte anos da criação da primeira Zona Industrial, ainda existem vários lotes por explorar. Depois, do ponto de vista de meio ambiente e ordenamento do território, ficamos com os pavilhões das empresas, paredes meias com zonas habitacionais. Porque, creio eu, se formos devidamente objectivos, uma zona industrial na Mêda ( freguesia entenda-se ) é necessária como infra-estrutura de fornecimento de serviços micro industriais. Agora, uma zona industrial que se vire de forma esclarecedora, para a exportação dos produtos aí produzidos, e geração de emprego em pequena e média escala, tem, como é obvio, de ter condições óptimas para escoamento de produção, de forma a aumentar índices de mercado e ao mesmo tempo, reduzir custos de produção.
Depois, outro problema nos surge:
Vamos apostar numa Zona Industrial para que empresas? E de que tipo? Porque, se formos a contar com o fluxo industrial já existente na Mêda, não precisamos de zona industrial para nada. Acho que o mesmo podemos dizer, no que toca a criação de condições para a grande industria. Não acredito que, a curto ou médio prazo, a Mêda, e toda a região, tenham condições para cativar investimentos do grande capital. Para haver empresas, tem de haver investimento. Para haver investimento, é preciso haver ideias. Para haver ideias, é preciso haver mercado. Para haver mercado tem de haver INOVAÇÃO.
Alguém me disse no outro dia que, o facto de sermos pioneiros em algo, é meio caminho andado para o sucesso. Nisso estou plenamente de acordo. Se o interior do nosso país, quiser continuar com a cabeça fora da água, precisa, urgentemente, de se reinventar economicamente. E essa reinvenção, tem de passar, não só pela maximização dos recursos de que dispomos, (Turismo, Agricultura... isto fica para outra conversa...) como pela descoberta de novos campos de investimento. E não seria vergonha nenhuma, que todo este desenho fosse suportado por uma estrutura composta por micro, pequenas e, quando muito, médias empresas, pois são essas que são responsáveis por mais de 70% do PIB português. Isto levar-nos-ia a analisar o papel do Estado Português no meio disto tudo mas, tendo em conta o que daria para dizer, fica para outra altura.
De facto, e isto creio que é uma "verdade de La Palisse", qualquer política na criação de infra-estruturas de suporte industrial, tem de ser acompanhada por uma política forte de apoio ao empreendedorismo. Através, não só de apoios à produção e à geração de emprego, mas também através de incentivos extra, como sendo, o auxilio a concursos a fundos de investimento, o apoio jurídico e económico-cientifico, empreendimento de políticas de marketing adequadas ou estudos de mercado realistas e dinamizadores. Neste campo, como é típico do nosso "síndroma de interioridade nacional", a autarquia desempenha um papel fundamental.
Neste contexto, a minha opinião divide-se. Creio que a criação da antiga Zona Industrial (no bairro do prazo) era de facto necessária. Urgia a existência na Mêda, de um espaço que criasse condições de trabalho, de produção, meio ambiente, ordenamento de território etc... O problema, a meu ver, foi a política de distribuição dos lotes e os custos dos mesmos. Como é do conhecimento comum, passados vinte anos da criação da primeira Zona Industrial, ainda existem vários lotes por explorar. Depois, do ponto de vista de meio ambiente e ordenamento do território, ficamos com os pavilhões das empresas, paredes meias com zonas habitacionais. Porque, creio eu, se formos devidamente objectivos, uma zona industrial na Mêda ( freguesia entenda-se ) é necessária como infra-estrutura de fornecimento de serviços micro industriais. Agora, uma zona industrial que se vire de forma esclarecedora, para a exportação dos produtos aí produzidos, e geração de emprego em pequena e média escala, tem, como é obvio, de ter condições óptimas para escoamento de produção, de forma a aumentar índices de mercado e ao mesmo tempo, reduzir custos de produção.
Depois, outro problema nos surge:
Vamos apostar numa Zona Industrial para que empresas? E de que tipo? Porque, se formos a contar com o fluxo industrial já existente na Mêda, não precisamos de zona industrial para nada. Acho que o mesmo podemos dizer, no que toca a criação de condições para a grande industria. Não acredito que, a curto ou médio prazo, a Mêda, e toda a região, tenham condições para cativar investimentos do grande capital. Para haver empresas, tem de haver investimento. Para haver investimento, é preciso haver ideias. Para haver ideias, é preciso haver mercado. Para haver mercado tem de haver INOVAÇÃO.
Alguém me disse no outro dia que, o facto de sermos pioneiros em algo, é meio caminho andado para o sucesso. Nisso estou plenamente de acordo. Se o interior do nosso país, quiser continuar com a cabeça fora da água, precisa, urgentemente, de se reinventar economicamente. E essa reinvenção, tem de passar, não só pela maximização dos recursos de que dispomos, (Turismo, Agricultura... isto fica para outra conversa...) como pela descoberta de novos campos de investimento. E não seria vergonha nenhuma, que todo este desenho fosse suportado por uma estrutura composta por micro, pequenas e, quando muito, médias empresas, pois são essas que são responsáveis por mais de 70% do PIB português. Isto levar-nos-ia a analisar o papel do Estado Português no meio disto tudo mas, tendo em conta o que daria para dizer, fica para outra altura.
De facto, e isto creio que é uma "verdade de La Palisse", qualquer política na criação de infra-estruturas de suporte industrial, tem de ser acompanhada por uma política forte de apoio ao empreendedorismo. Através, não só de apoios à produção e à geração de emprego, mas também através de incentivos extra, como sendo, o auxilio a concursos a fundos de investimento, o apoio jurídico e económico-cientifico, empreendimento de políticas de marketing adequadas ou estudos de mercado realistas e dinamizadores. Neste campo, como é típico do nosso "síndroma de interioridade nacional", a autarquia desempenha um papel fundamental.
Mas não pode fazer tudo...
Carlos Fial
Carlos Fial